31 de agosto de 2008
Eléctrico de Sintra
Eléctricos de Sintra
O eléctrico de Sintra é uma ferrovia turística sazonal de bitola estreita que liga a vila de Sintra à Praia das Maças, Portugal, ao longo de um trajecto de pouco menos de 13 km, passando por Colares e perto da Praia Grande.
É operado pela Câmara Municipal de Sintra, oferecendo o seu serviço durante a época balnear.
História
Planeamento e espansão 1886-1953
Após várias tentativas goradas no período 1886-1898, em Novembro de 1898 a Câmara Municipal de Sintra concedeu a Nunes de Carvalho e Emídio Pinheiro Borges uma concessão de 99 anos para construir e explorar uma ligação ferroviária entre Sintra e a Praia das Maças.
A Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maças foi constituída em Julho de 1900 e em 1904 passou a denominar-se Companhia Cintra ao Oceano.
Esta viria a falir e a ser substituída em 1914 pela Companhia Sintra-Atlântico, dirigida por Camilo Farinhas até 1946.
Iniciou-se a construção da linha na zona da Estefânia em Agosto de 1902 e o material circulante foi encomendado à J.G. Brill Company USA.
Apesar de inicialmente se prever tracção a vapor, a frota inicial foi constituída por sete carros eléctricos, complementados por seis atrelados.
A inauguração do primeiro troço (Sintra (Vila Velha) - Colares: 8900m) deu-se a 31 de Março de 1904, seguindo-se a 19 de Julho do mesmo ano o restante trajecto (Colares - Praia das Maças: 3785 m).
Mais tarde, a 31 de Janeiro de 1930, inaugurou-se o prolongamento Praia das Maças - Azenhas do Mar (1915 m).
Decadência e encerramento 1953-1975
A partir de 1953 o serviço passa a sazonal-estival; nunca mais viria a efectuar-se fora da estação balnear.
Em 1955 encerra-se o troço Praia das Maças - Azenhas do Mar e em 1958 o troço Sintra (Vila Velha) - Sintra (Estação), devido a obras de alargamento na Volta do Duche.
Assiste-se simultaneamente nesta época a uma grande afluência de passageiros e a pressões diversas favorecendo o tráfego automóvel (tanto individual como colectivo), frutos certamente do aumento absoluto da prática balnear na região, por motivos sociais, económicos e demográficos.
Em Agosto de 1967. a empresa Sintra-Atlântico é comprada pelo grupo de camionagem Eduardo Jorge, que mantém o investimento ao mínimo.
A circulação ocorre pela primeira vez em 1974 e em Julho de 1975 é autorizada a substituição dos eléctricos por autocarros.
Renascimento 1980
A 15 de Maio de 1980, foi oficialmente reiniciada a circulação no troço Banzão - Praia das Maças.
Entre 1996 iniciou-se a recuperação do troço Ribeira de Sintra - Praia das Maças, inaugurado a 30 de Outubro de 1997.
A 4 de Junho de 2004 (cem anos depois da inauguração) repôs-se a circulação no troço Ribeira de Sintra - Sintra (Estefânia).
Wikipedia- Google
JJ edição de fotos
Vendedores Ambulantes de antanho
Ainda há quem recorde os tempos em que estes Vendedores Ambulantes percorriam de manhã à noite as ruas de Lisboa e outras cidades de Portugal.
Os seus pregões característicos, enchiam os ares de cantilenas a puxar ao artigo oferecido.
Nem hoje se pode imaginar o sabor que tinha a fruta, os bolos secos, a fava rica, os frutos secos, as galinhas e patos, os ovos e legumes...enfim, afinal tudo o que se consome hoje, já empacotado, etiquetado e sem sabor nas grandes superfícies comerciais.
Hoje em dia os morangos são todos enormes, da mesma cor ...mas não tem cheiro ou sabor !!
O melão...sabe a abóbora, os peros e pessegos sabem a remédio !!
Felizmente que ainda se consegue comprar em mercaditos de bairro, produtos de sabor genuíno, com cheiro e paladar quase como antigamente.
Ontem comi 15 peras carapinheiras que me souberam pela vida...lembram-se, é uma pera pequenina, rosadinha ?...pois é, não são comercializadas nos hiper's !!
E as "ranchadas" de perus que pelo Natal invadiam a cidade, com os lavradores de cajado na mão, e a descutirem afincadamente os preços.
E os Amoladores de facas e tesouras, que também arranjavam chapéus de chuva e até punham fundos de zinco às panelas velhas.
A Fava Rica, muito quentinha e cheirosa, que as vendedeiras traziam numa enorme panela à cabeça envolta em panos para se manter quente.
Uma "pratada" era um almoço.
A Lingua da Sogra, em canudos ou espalmada, que vinha num cilindro com uma roleta no topo. Andava á roda e o número que saisse era a quantidade de bolachas.
E claro as peixeiras ladinas, de canasta à cabeça e pregão da "olha a vivinha da costa"sempre com a resposta pronta na ponta da lingua para as freguesas mais esquisitas e chatas.
Pregões de Lisboa
Autor: Euclides Cavaco
Mal rompeu a madrugada,
Já Lisboa era acordada,
Com seus pregões matinais,
Pena varina peixeira,
Lá prós lados da Ribeira,
Ou o ardina dos jornais.
A Rita da Fava Rica,
Que vem do Bairro da Bica,
Traz pregões à sua moda,
E o homem das cautelas,
Diz pelas ruas e vielas,
Amanhã é que anda a roda...
Apregôa-se a castanha,
Desde o Rossio ao Saldanha,
Os pregões são sempre assim,
Flores na Praça da Figueira,
E diz cada vendedeira
Ó freguês...compre-me a mim !...
E de canastra á cabeça,
Quase até que anoiteça,
E há em mil bocas pregões,
Mas não se vê já passar.
A figura popular,
Da Rosinha dos Limões
Euclides Cavaco
JJ edição de fotos
30 de agosto de 2008
Automóveis estranhos
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