Caça-bombardeiro Monolugar
Republic Aviation Corporation - USA
versão: Esquadra 21 - Esquadra de Instrução Elementar de Pilotagem - Base Aérea nº 2 na Ota - Força Aérea Portuguesa
http://youtu.be/_uDD2bckdR0 - Asas de Portugal história
http://youtu.be/UKpXTgM-4lI - Força Aérea Portuguesa
Envergadura 11,10 m - comp. 11,60 m - alt. 3,84 m - superfície alar 24 m2 - peso máx. 10,59 ton. - velocidade máx. 1000 kmh - teto de serviço 12 344 m - raio de ação com depºs. suplementares 3200 km - motorização: uma turbina Allison J35-A-29 com um impulso máximo de 2540 kgf - 6 metr. Browning 12,7 mm + oito rockets de alta velocidade (HVAR) de 127 mm + dois suportes subalares para bombas de 2000 kg suspensas nas asas e na fuselagem, ou para 2 depósitos externos de combustível.
A origem deste avião a jacto remonta a meados de 1944, quando o gabinete de projetos da empresa Norte Americana, Republic, dirigida por Alexander Kartveli, começou a trabalhar no modelo de um substituto para o Republic P-47 Thunderbolt.
Em Novembro, a USAF assinou com a Republic um contrato para o fabrico de três protótipos XP-84, dispensando o concurso, pois confiava no prestígio desta empresa como projetista de caças monolugares.
O primeiro XP-84 ficou pronto nas instalações de Famingdale, em Long Island, em Dezembro de 1945.
Em Janeiro desse ano, o contrato ampliou-se para 25 modelos de ensaios YP-84A e 75 exemplares de série P84-B (depois, estes números fixaram-se definitivamente em 15 e 85 unidades respetivamente).
O TG-180 original evoluiu tecnicamente até se converter no J35 e foi produzido em série pela Allison, uma divisão da General Motors. a partir de Setembro de 1945. Instalou-se o J35 no interior da célula a partir da longarina das asas.
Ficava pendente entre o compressor e o bocal de exaustão dos gases, sem pontos de apoio posteriores, na intenção de se poder desmontar a secção traseira da fuselagem e facilitar ao máximo a acessibilidade ao motor.
Em 1946 assinou-se o contrato para a produção do 500 P-84b de série (F-84 após a alteração da denominação em 1947).
Os atrasos nas entregas dos motores para os modelos destinados aos testes repercutiram-se no programa de ensaios, que estava longe da sua conclusão quando os modelos de série começaram a sair das linhas de montagem.
As primeiras séries deste aparelho apresentaram tantos problemas que, em 1948 após a revisão do programa F-84 admitiu-se que nenhuma estava à altura de cumprir a sua missão.
O programa só não foi cancelado, porque a produção da série seguinte F-84D estava a decorrer e mostrava melhoramentos estruturais decisivos: revestimentos mais espessos nas asas e ailerons, sistema anticongelante para o combustível, trem de aterragem de design novo e um motor J35-A-17 mais potente.
Completaram-se 154 unidades deste modelo. Apesar de tudo, foi necessário esperar pelo aparecimento do F-84E em 1949 para se poder contar com o primeiro Thunderjet eficiente e operacional.
A estreia em combate dos F-84D e F-84E teve lugar nos céus da Coreia, em Dezembro de 1950.
Depressa se comprovou que não conseguiam rivalizar com os MiG-15 de origem soviética, de asas em flecha e, consequentemente, a sua utilização restringiu-se a missões de ataque a baixa altitude, um papel que cumpriram com eficácia.
Os aviões Republic F-84G na Força Aérea Portuguesa
A FAP recebeu os primeiros 25 caças monomotores a jacto F-84G em 1953, chegando a Portugal por via marítima. Foram montados no aeroporto da Portela e em Fevereiro de 1953 voaram para a Base Aérea Nº 2 na Ota, onde no dia 15 de Maio de 1953, foi oficialmente constituída a Esquadra 20, a primeira criada em Portugal com aviões de combate a reação.
O emblema desta esquadra era constituído por um avião em silhueta entrelaçado com o número 20 a vermelho e a divisa “ad Augusta per Augusta” (não se vence o perigo sem perigo).
No ano seguinte, foi formada a Esquadra 21, que recebeu um lote de mais 25 aviões F-84G e cujo primeiro emblema foi um super-rato de capa vermelha e espada em riste, substituído posteriormente por um barrete verde de campino.
Com a chegada dos aviões F-84G a Portugal, a Força Aérea Portuguesa deu um salto significativo na modernização dos seus meios aéreos, tendo as duas esquadras trabalhado com rigorosos programas de treino e uniformização com as outras forças da NATO, onde estavam integradas como forças disponíveis para qualquer conflito.
Em 1956 e por duas vezes, esquadrilhas com 8 aviões F-84G efetuaram voos aos Açores, em exercícios para testar a prontidão e a capacidade de projeção de meios aéreos.
Entre 1956 e 1958 chegaram a Portugal para reforço das fronteiras mais 75 aviões F-84G, e foi com estas aeronaves que se criaram as primeiras esquadrilhas acrobáticas da Força Aérea Portuguesa, primeiramente em 1954 com a constituição da “Dragões” e posteriormente a esquadrilha “S. Jorge”.
Estas esquadrilhas participaram com relevo em muitos festivais aéreos internacionais e demonstrações em território nacional.
Com a chegada a Portugal dos primeiros caças North-American F-86F Sabre em 1958, a FAP começou a preparar a substituição e o abate dos F-84G.
Contudo, com início da guerra em Angola, todos os meios aéreos disponíveis foram mobilizados para o conflito e a vida dos F-84G prolongou-se por mais uns anos.
Deste modo, foram enviados por via marítima para a Base Aérea Nº 9 em Luanda - Angola 25 F-84G aonde começaram a chegar a partir de Março de 1961 fundando a Esquadra 93 “Magníficos” cujo símbolo era um barrete e um pirata num fundo vermelho.
Os aviões F-84G ficaram a voar em Angola durante o conflito e participaram num destacamento em Moçambique colocados na Base Aérea nº 10 na Beira, na sequência do bloqueio inglês ao porto desta cidade, após a declaração da independência unilateral da Rodésia em 1965.
Os F-84G firam retirados de serviço em 1974 após 29 anos de relevantes serviços.
JJ fotos
Altaya
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