com o zé 2

Portugal deu "Novos Mundos ao Mundo"......Imagens para dar a conhecer um pouco daquilo que a nossa terra tem de melhor e mais bonito, da beleza das nossas mulheres Portuguesas, das Artes e de locais por onde sirandei, de trabalhos que eu executei, e de outros que admirei.

10 de dezembro de 2008

A Rota das Ginjinhas
0u as noites de Sexta-feira...

Tinha-mos na firma um verdadeiro “Clã da Desgraça” !!
As noites de Sexta, (e por vezes outras pelo meio da semana) pós labor, foram durante anos quase um sacerdócio.

Começava-se por um jantarão, sempre como abertura, e depois das “mentes abertas” aceitavam-se ideias para continuar a “abençoar a vida”.

De uma dessas inúmeras noites, decidiu-se pós jantar, ir fazer a volta das Ginginhas.

O circuito abrangia as quatro Ginginhas mais carismáticas de Lisboa, todas no mesmo perímetro do Rossio: A da Av. Da Liberdade, das Portas de Santo Antão, do Largo de S. Domingos e finalmente a da Rua Barros Queiroz (Dr. Bitter).

Seriamos uns 8 ou 9 entre eles o típico V. Lopes, que com carinho alcunhamos de o “cabeçudo” alcunha que ele sempre com aquele humor característico, fazia gala em sublinhar.

Já na última Ginjinha, que seria provavelmente o fim de rota, a da rua Barros Queiroz, que o vendedor Gomes, batizou de Dr. Bitter.

Tratava-se de uma tasquinha minúscula, e super estreita, que para além do balcão, o espaço útil para clientes não teria mais que 5x1,30 metros.

Estava no entanto todas as noites sempre cheia, pois a Ginja com Bitter (condimento para bebidas com um paladar característico que tornava o licor menos doce e com um travo acre muito apreciado) era uma especialidade que só aquela casa servia.

Ora o nosso grupo “Ginjistico” estava eufórico e a guerra para pagar a próxima rodada não acabava.
Chegavam a estar já pagas 2 e 3 rodadas antecipadas, o que para a casa era uma maravilha.

Certa vez, como o espaço era pequeno para tanta gente, estava-mos alguns a beber junto à entrada, e o V. Lopes sempre acelerado, como era hábito, começa a dizer falas de teatro (fazia teatro amador) aos pulos, a gesticular e ao virar-se dá um encontrão num indivíduo e projecta-o ao chão !!

Grande confusão e então na tentativa de ajudar o homem, reparamos que era africano, estava fardado e...não tinha uma perna !!
Homem para um lado muletas para outro, grande confusão, e os acompanhantes, alguns fardados começam a dar ar de querer confusão.

Claro que se estava mesmo a ver o que se adivinhava, e o Crespo “danadinho para o biscoito” já se estava a preparar para actuar.

Com um pouco de filosofia e desculpas, tudo se resolveu sem problemas.
Eram dos Comandos e a vitima da queda tinha perdido a perna na Guiné.

Desculpas aceites, tudo acabou em harmonia, falando-se de guerra e a beber mais umas Ginginhas. ...........................................................


Ginjinha, ou simplesmente ginja, é um destilado obtido a partir da fermentação da fruta da ginja (nome científico Prunus cerasus), similar à cereja.
Muito popular em
Portugal, especialmente em Lisboa, em Óbidos e no Algarve.
É costume servi-la com uma fruta curtida no fundo do copo, popularmente dito "com elas", ou, quando pura, "sem elas".


É um licor feito por infusão da ginja baga (ginjas) em bebidas alcoólicas (normalmente aguardente) a que é adicionado açúcar, juntamente com outros itens.

A Ginjinha sempre foi servida num copo de vidro típico, com a fruta no fundo do copo.
No entanto por imposição da ASAE, tristemente, hoje a Ginjinha é servida em copos de plástico descartáveis !!

É o licor favorito de muitos Português e uma bebida típica de Lisboa, Alcobaça e Óbidos.
Existem outras regiões com denominação de origem protegida, por exemplo, a Ginja Serra da Estrela.

Wikipedia - Google

JJ edição fotos

Sem comentários: