com o zé 2

Portugal deu "Novos Mundos ao Mundo"......Imagens para dar a conhecer um pouco daquilo que a nossa terra tem de melhor e mais bonito, da beleza das nossas mulheres Portuguesas, das Artes e de locais por onde sirandei, de trabalhos que eu executei, e de outros que admirei.

25 de julho de 2012


"Os portugueses são um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"

Dom Januário Torgal Ferreira
Bispo das Forças Armadas
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Douglas F-4D.1 Skyray 1954 - USAF







Douglas F-4D.1 Skyray 1954 - USAF
Caça Monolugar embarcado em Porta-Aviões USS Oriskany
Fabrico: Douglas Aircraft Company – USA

envergadura 10,21 m - comp. 13,93 m - alt. 3,96 m - 4 canhões Colt Mk.12, 20 mm e distribuídos pelos seus suportes subalares + bombas convencionais + misseis e rockets não guiados - autonomia 1931 km - v.máx. 1162 kmh ao nível do mar - teto serviço 16765 m - 1 tripulante - peso 7,3-11,2 ton - 1º voo: 5 Junho 1954.

O Skyray foi a materialização da vontade da US Navy e do USMC de um aparelho intercetor embarcado com uma notável capacidade ascensional que pudesse enfrentar a alta altitude qualquer aparelho inimigo.
O desenho do Douglas F-4D Skyray foi o resultado do exame minucioso dos protótipos, planos e cálculos aeronáuticos feitos pelos técnicos alemães da Luftwaffe perto do fim da Segunda Guerra Mundial.

Como este, outros aviões a jacto norte-americanos dos anos 50 devem-se em parte a alguns desses engenheiros aeronáuticos alemães que foram para os EEUU em finais e depois da guerra (Operação Paperclip).
No caso do Skyray a contribuição do grande engenheiro Alexander Lippisch foi das mais importantes.
A experiência que estes conceitistas aeronáuticos trouxeram consigo contribuiu para que a força aérea dos EEUU desse um salto exponencial no setor aeroespacial.
No seu refúgio norte-americano, Lippisch pôde demonstrar os benefícios da asa em delta, e também as vantagens de reduzir a superfície alar ou os planos de sustentação para aumentar a velocidade.
Pouco tempo depois do fim da guerra (1945) a US Navy convocou um concurso para proporcionar aos seus porta-aviões um intercetor rápido que atingisse depressa a alta altitude.

A Douglas Aircraft acolheu com entusiasmo as ideias de Lippisch sobre as asas em delta e em 1947 converteu-as num design de um avião destinado à marinha.
O primeiro protótipo de pré-produção voou a 5 de Junho de 1954.
Seguidamente construíram-se mais 35 unidades do F-4D.1 que atrasaram a sua entrada em serviço porque os pilotos de ensaios da marinha descobriram alguns problemas nos primeiros voos. Finalmente, o Esquadrão VC-3 recebeu oficialmente o primeiro F-4D.1 a 16 Abril 1956 e a partir de então deu-se início à produção do aparelho, a um ritmo de duas unidades por semana, aumentando-se para três no ano seguinte, até se alcançar um total de 420 jactos.
Apesar dos sucessos aeronáuticos obtidos (bateu o recorde de velocidade em 1953 e de voo ascensional cinco anos depois) e do design inovador que lhe conferia a sua asa em delta arredondada, o “Ford”, como lhe chamavam os pilotos dos porta-aviões, não desempenhou um papel relevante na defesa dos EEUU.
O F-4D equipou um total de vinte esquadrões, na sua maioria da armada e dos marines.

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Em tempos de crise, para que os vossos sapatos durem mais, dêem passos maiores.

The Daily Star
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21 de julho de 2012

PRESÉPIO PERMANENTE


Presépio permanente de José Hermano Saraiva...uma maravilha!!

Composto por mais de 4000 figuras adquiridas, principalmente em Itália, sendo que a primeira foi oferecido à esposa quando tinha vinte anos, crescendo ao longo de setenta anos.
O conjunto possui figuras fixas e móveis como se pode ver neste video.



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20 de julho de 2012

Professor José Hermano Saraiva 1919-2012

“Ardeu uma biblioteca”, diz o produtor de programas de José Hermano Saraiva

Sandra Henriques, RTP notícias 20 Jul, 2012, 14:27

O produtor de televisão José António Crespo, que trabalhou com José Hermano Saraiva durante 20 anos, compara a morte do historiador a um incêndio numa biblioteca, destacando o vasto conhecimento que tinha sobre a História de Portugal.

http://youtu.be/sBYyjCb3lgo

Em declarações à Antena1, José António Crespo descreve José Hermano Saraiva como um iluminado, um visionário, um grande comunicador e um homem notável.


Biografia
José Hermano Saraiva
Nasceu em Leiria a 3 de Outubro de 1919 - faleceu em Setúbal a 20 de Julho de 2012. Foi professor e historiador português.
Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970.
Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942. Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia.
Desse modo foi professor e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional, procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação.
Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a Crise Académica de 1969.
Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, entre 1972 e 1974.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal.
Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
É membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História e da Academia de Marinha, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no Brasil e Sócio Honorário do Movimento Internacional Lusófono. Recebeu a grã-cruz da Ordem da Instrução Pública, a grã-cruz da Ordem do Mérito do Trabalho e a comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em Portugal, e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil. Ficou classificado em 26º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1.
É irmão do professor António José Saraiva e tio do jornalista José António Saraiva.
É também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (n. 1895 - m. 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial.
Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.
Morreu a 20 de Julho de 2012 aos seus 92 anos, em Setúbal, onde residia.


Distinções especiais
· Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública · Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho · Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa · Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco · Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique

Obra
História de Portugal, dirigida por José Hermano Saraiva.
Orações académicas editadas pela Academia das Ciências de Lisboa · Testemunho Social e Condenação de Gil Vicente (1976); · A Revolução de Fernão Lopes (1977); · Elementos para uma nova biografia de Camões (1978); · Proposta de uma Cronologia para a lírica de Camões (1981-82): · Evocação de António Cândido (1988); · No Centenário de Simão Bolívar (1984); · A crise geral e a Aljubarrota de Froyssart (1988).

Trabalhos pedagógicos
· Notas para uma didáctica assistencial (1964); · Aos Estudantes (1969); · Aspirações e contradições da Pedagogia contemporânea (1970); · A Pedagogia do Livro (1972); · O Futuro da Pedagogia (1974).

Trabalhos jurídicos
· O problema do Contrato (1949); · A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado (1959); · Non-self-governing territories and The United Nation Charter (1960); · Lições de Introdução ao Direito (1962-63); · A Crise do Direito (1964); · Apostilha Crítica ao Projecto do Código Civil (1966); · A Lei e o Direito (1967).

Trabalhos históricos
· Uma carta do Infante D. Henrique (1948); · As razões de um Centenário (1954); · História Concisa de Portugal (1978), trad. em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês; · História de Portugal, 3 Vols – Direcção e co-autoria (1981); · O Tempo e a Alma, 2 Vols (1986); · Breve História de Portugal (1996); · Portugal – Os Últimos 100 anos (1996); · Portugal – a Companion History (1997);

Para uma História do Povo Português
· Outras maneiras de ver (1979); · Vida Ignorada de Camões (1980); · Raiz madrugada (1981); · Ditos Portugueses dignos de memória (1994); · A memória das Cidades (1999).

Programas de televisão
· Série: O Tempo e a Alma (RTP, 1972) · Série: Histórias que o Tempo Apagou (RTP, 1994) · Série: Lendas e Narrativas (RTP, 1995) · Série: Horizontes da Memória (RTP2, 1996) · Série: A Alma e a Gente (RTP2)

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Este sapiente professor, que hoje iniciou a sua longa viagem, após uma longa carreira e vida, foi um grande da nossa cultura.

Portugal deve-lhe muito pelo ensino e divulgação de locais e personagens desta terra, sempre de uma forma interessante e carismática, que prendia quem o escutava, mesmo que por vezes o tema não fosse dos hábitos comuns.
Pode ter tido momentos infelizes, no que respeita à crise académia de 1969 em Lisboa, e como a enfrentou, sendo na altura Ministro da Educação, mas na minha opinião Portugal ganhou em raízes cúbicas o que eventualmente terá perdido no quadrado de uma atitude política bastante triste.
Nos meus anos de estudos, por minha infelicidade ou incapacidade de entendimento, sempre me irritavam a esmagadora maioria dos professores.
Achava-os autênticos papagaios, debitando sempre um monocromático discurso...blá...blá...blá...ausente de tons fortes.
Uma seca, no jovem português tuga de agora.
Exceção a um meu professor de História que tinha o dom de palavra e de prender os alunos.
Na generalidade grande parte dos alunos, nas suas várias turmas, tinham notas positivas.
Estou certo que por ele, fiquei viciado no tema, e ao ouvir o professor Hermano Saraiva, muito me vêm à lembrança aquele antigo mestre.
História de Portugal, são uma das minhas leituras de eleição e desde há anos que não perco os programas do Professor José Hermano Saraiva, mesmo as repetições e repetições de repetições.
Sempre, ao as rever diariamente às 13h, apanho um ou outro novo pormenor interessante que tinha escapado.
Pena não haver céu...o professor poderia dar a conhecer aos anjos as nossas ilustres gentes e muitos recantos desta nossa linda terra, agora tão mal tratada.
Obrigado Professor, por tudo o que com o senhor aprendi, e me motivou a buscar mais, nas estradas do conhecimento.   JJ

19 de julho de 2012

Manifesto Anti-Dantas

Manifesto Anti-Dantas

de ALMADA NEGREIROS
dito por MÁRIO VIEGAS

O Manifesto Anti-Dantas foi um panfleto satírico da autoria de José de Almada Negreiros cujo alvo era Júlio Dantas e, como diz o texto, todos os Dantas que houver por aí.
O manifesto foi escrito em 1915, em reação à peça de Dantas, "Soror Mariana", estreada em 21 de Outubro desse ano.
Almada Negreiros Em 1915 tinha sido publicada a revista Orpheu, marco inicial do Modernismo Português, e de cuja elaboração participaram nomes como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, entre outros.
Todavia, a sua novidade, o seu arrojo, a sua ousadia tanto na produção literária como na pictórica, muito influenciadas sobretudo pelo Futurismo e pelo Cubismo, causou escândalo junto de uma burguesia lisboeta conservadora em questões de arte, obtendo «a bofetada no gosto público» de que falava Maiakovsky, frase que constava de um dos artigos do primeiro número da revista.
Entre os opositores ao movimento estava o crítico literário Júlio Dantas, defensor dos cânones estéticos de até então, e cuja crítica aos vanguardistas foi feroz.
Os membros da Revista Orpheu não consentiram calados esse ataque e, pela pena de Almada Negreiros, truculento polemista como se pode verificar em obras como Cena de ódio ou Manifesto as Gerações Futuristas, brandiram um ataque sobre Júlio Dantas, e, a partir dele, sobre todos os que mantinham uma atitude de renitência em relação à inovação nas artes: à burguesia «bota de elástico» (expressão cunhada por Eduardo Viana, também ele membro do Orpheu, quando lhe recusaram uma exposição por ser Modernista) de um modo geral.

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O Povo Culto


Os povos serão cultos na medida em que entre eles crescer o número dos que se negam a aceitar qualquer benefício dos que podem;
dos que se mantêm sempre vigilantes em defesa dos oprimidos não porque tenham este ou aquele credo político, mas por isso mesmo, porque são oprimidos e neles se quebram as leis da Humanidade e da razão;
dos que se levantam, sinceros e corajosos, ante as ordens injustas, não também porque saem de um dos campos em luta, mas por serem injustas; dos que acima de tudo defendem o direito de pensar e de ser digno.


Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'
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Leader Le Mans ‘94
Leader Prototype 1993
Michel Vaillant - album « A Prisioneira »

10 cil.-3483,50 cc - 700 cv - v.máx. 400 kmh - 0-100: n/a - peso 800 kg.

O Patrão da Leader: O Leader é um índio cientista e é o patrão de um império poderoso de carros, que são caracterizados pelo logo amarelo com a letra "L" marcada em todos os seus bólides. O seu objetivo é tornar-se o maior fabricante de carros de competição do mundo, mas muitas vezes os Vaillantes fazem frustrar os seus planos. Uma sua característica permanente, é o cigarro que ele fuma sempre mesmo a andar.
O Piloto: O personagem piloto do Leader Le Mans desta história, Bob Cramer fez a sua primeira aparição no álbum “O 13 na Partida” como piloto de "Bocar", inscrito pela Texas Drivers Clube nas nas 24 Horas de Le Mans. Primeiro rival de Steve Warson, então do clan Vaillant, torna-se piloto principal em "Líder", do álbum “Massacre para um Motor”. Possui um caráter complexo, e mentalidade torturada, tendo fortes confrontos nas pistas e fora delas com Michel Vaillant.

10 cil.-3483,50 cc - 700 cv - v.máx. 400 kmh - 0-100: n/a - peso 800 kg.

Se não fosse a brutalidade exageradamente devastadora do seu piloto, o infame Bob Cramer, talvez o excelente Leader Prototype pudesse ter ganho as 24 Horas de Le Mans nesta aventura imaginada em 1994.
Porém, como diz o autor Jean Graton “Não o julguemos: O Cramer é o Cramer...” Embora não tenha o glamour da Vaillante, a marca Leader representa sempre um desafio de opções nas aventuras de Michel Vaillant, capaz de rivalizar com os Vaillante e muitas vezes com performances que deixam para trás os melhores automóveis da “vida real”.
Para isto os engenheiros da Leader contam com uma tecnologia de ponta e também com pequenos segredos industriais muito específicos.
Como os leitores ficam a saber no álbum “O Fantasma das 24 Horas” a fábrica beneficia de grandes progressos em matéria de metalurgia que lhe permitem dispor de ligas de metais que poderíamos considerar “revolucionárias” se não fosse o seu aspeto sobrenatural proveniente das montanhas do Tibete, de onde o Leader é natural... Na época do álbum “A Prisioneira” no início da década de 1990, as 24 Horas de Le Mans continuavam a ser o banco de ensaios onde os construtores afinavam as suas armas para vencer a corrida mais famosa do Mundo.

O Leader deve ganhar? O desenrolar da história conduz Michel Vaillant para muito longe de Le Mans e os leitores chegam mesmo a esquecer quem irá ganhar a corrida pois deixam-se levar pela aventura rocambolesca.
Ao longo da corrida o Leader nº 13 de Bob Cramer abandona devido a um acidente mas ainda resta outro, o nº14.
No entanto, será que o segundo Leader pode ganhar? Por uma vez somos tentados a responder que sim! É verdade que não fica bem ser o mau a vencer, mas o caráter do Leader mudou bastante: tendo perdido a sua megalomania em proveito da filosofia tibetana - assente na iluminação e no conhecimento - tornou-se mais razoável e até o próprio Bob Cramer já não merece ser considerado “infame”. 25 anos mais tarde.
Em 1994, em “A Prisioneira” Jean Graton faz Michel Vaillant - e o leitor - reviver uma cena semelhante à de cerda de 25 anos antes em “O Fantasma das 24 Horas”.
O autor muito sensível aos bastidores das 24 Horas de Le Mans, uma prova que conhece bem, quis desenhar a tribuna principal de noite, sem público e sem barulho. Em 1970 tinha convocado o Leader e Michel Vaillant para uma explicação carregada de tensão nervosa.
Em 1994 são as mesmas personagens, nas mesmas posições, que reaparecem. Michel envelheceu um pouco e o Leader ainda mais: tornou-se um velho, mas não vem desafiar e sim prevenir. Assim, a mesma cena é mais calma, quase serena, totalmente revísitada pelo lápis do autor.

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Portuguesas Maravilha





Sofia Monteiro Grillo

Nasceu em Lisboa, 28 de Maio de 1973, é uma actriz portuguesa.

Experiência profissional

Televisão
· Elenco principal, Carmo em Sedução, TVI 2010 · Elenco principal, Bárbara em Sentimentos, TVI 2009/2010 · Elenco principal, Catarina Viana Levi em Olhos nos Olhos, TVI 2008/2009 · Elenco principal, Alice Sobral em Casos da Vida (2008) - Caixinha de Música, TVI 2008 · Elenco principal, Isabel em Casos da Vida (2008) - Pecados de Família, TVI 2008 · Elenco principal, Vitória Salgado em Deixa-me Amar, TVI 2007/2008 · Elenco principal, em Une femme formidable, TF1 2007 · Elenco principal, Célia Vasconcelos em Tempo de Viver, TVI 2006/2007 · Elenco principal, Wei Min em Morangos com Açúcar, TVI 2005/2006 · Participação especial, em Inspector Max, TVI 2004 · Elenco principal, Vera Moraes em Baía das Mulheres, TVI 2004 · Elenco principal, Mónica Silveira em Coração Malandro, TVI 2003 · Elenco adicional, Carolina Domingues em Anjo Selvagem, TVI 2002 · Elenco principal, em O Processo dos Távoras, RTP1 2001 · Elenco principal, em O Espiríto da Lei, SIC 2001 · Elenco principal, em As Lagostas, RTP1 2001 · Elenco principal, Matilde Queiroz em A Lenda da Garça, RTP1 1998/1999 · Elenco principal, Joaninha em Filhos do Vento, RTP1 1996/1997 · Elenco principal, em Vidas de Sal, RTP1 1996 · Elenco principal, em Telhados de Vidro, TVI 1993/1994

Cinema
· Deste lado da ressurreição, realização de Joaquim Sapinho (2011) · Moi Bernadette, j'ai vu, realização de Jean Sagois (2010) · Uma Aventura na Casa Assombrada, realização de Carlos Coelho da Silva (2009) · Duas Mulheres, realização de João Mário Grilo (2009) · A Esperança está onde menos se espera, realização de Joaquim Leitão (2009) · Second Life, realização de Alexandre Valente (2008) · Amália - O Filme, realização de Carlos Coelho da Silva (2008) · Call Girl, realização de António Pedro Vasconcelos (2008) · Por Trás das Nuvens, realização de Jorge Queiroga (2007) · Une Famille Formidable, realização de Joel Santoni (2005) · Os Imortais, realização António Pedro Vasconcelos (2002) · Aurélien, realização de Arnaud Selignac (2001) · Justice de Femme, Paris (2001) · Il Cour Cour le Fouret (2001) · O Elevador, curta metragem de Marta Maia Martins (2001) · Les filles à papa, realização de Marc Verni (2000) · Lire la mort, realização de Arnaud Selignac (2000) · Le Commandant Nerval, realização de Arnaud Selignac (1999)

Teatro
· Urgências, Teatro Maria Matos (2006) · Urgências, Teatro Maria Matos (2004) · O Mistério dos Sons Marados, Teatro da Luz (2004) · Nós Depois Telefonamos, encenação António Pires (2003) · Manobras de Diversão - Best Of (2003) · Manobras de Diversão - Não Há Crise, Teatro São Luiz (2002) · Manobras de Diversão - Fechado para Férias, Teatro São Luiz (2002) · Manobras de Diversão - Espírito de Natal, Teatro São Luiz (2001) · Mademoiselle Julie, encenação de Jack Garfein, Theatre Montmartre Malabru (1999)

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13 de julho de 2012

No momento em que o escravo decide que não quer ser escravo, suas correntes caem ao solo.
Se liberta e mostra aos outros como fazê-lo. A liberdade e a escravidão são estados mentais.
Mahatma Gandhi
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12 de julho de 2012

Isto que eu vou dizer...

Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.

Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam, ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta-permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.
Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante, se fazia "roupa velha".
Tempos em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias-solas com protectores.
Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".
E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta.
Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.

Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava.
Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas. Veio depois o admirável mundo novo do crédito.
Os novos pais tinham como filhos uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um gadgets e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham.
Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravarem no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital.
Passou a ser tempo de gente em que era questão de pedigree viver no condomínio fechado, e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em couché os feios a serem bonitos, à conta de spas e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a beautiful people era o símbolo de status, como a língua nos cães para a sua raça.
Foram anos em que o Campo se tornou num imenso ressort de Turismo de Habitação, as cidades uma festa permanente, entre o coktail party e a rave.
Houve quem pensasse até que um dia os Serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.

O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.

O país que produzia o que se podia transaccionar, esse, ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios, e que os víamos chegar mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras bombas-relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio. Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente.
Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido.
A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação substituía os cavalos-força da maquinaria pelos megabytes de RAM da computação universal.
Um dia os computadores tudo fariam, o Ser-Humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado que, caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.

Às tantas, os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.
A chegada das lojas-dos-trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexisbeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato».
 Mas o festim prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir. Fora disto, os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos.
O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais, claro, e sempre pela reforma agrária, e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo, e já leu o New Yorker?
A agiotagem financeira, essa, ululava.
Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia, mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz.
Veio o crédito ao consumo, a Conta-Ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar.

Porque nenhum Banco quer que lhe devolvam o capital mutuado, quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.
Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os Bancos instigavam à compra, ao leasing, ao renting, ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto-autorizado.
Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele Balcão bancário buscar dinheiro, vendermo-nos ao dinheiro, enforcarmo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria.
O Inferno começava na terra.

Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente.

E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os.
Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental e, nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas, que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula.
E, contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.
Estamos nisto.
Este fim-de-semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa.
Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou.
Nessa altura, em Bizâncio, discutia-se o sexo dos anjos.
Talvez porque Deus se tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira.
O Job que somos grande parte de nós.

José António Barreiros, advogado
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4 de julho de 2012

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João Villaret foi um grande actor e um inigualável declamador, que enchia salas de espectáculos, declamando poesia e falando de poetas sem nunca olhar para um papel.
Morreu no dia 21 de Janeiro, há 50 anos.
Alguém se lembrou de criar um site dedicado a ele.

http://jvillaret.com.sapo.pt/
- Adivinha
- Balada da neve
- Fado falado
- Liberdade
- O menino de sua mãe

... e o incontornável...

- Cântico negro de José Régio

"Vem por aqui” – dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: “vem por aqui!”
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali…"


Consta que após a leitura deste último poema, no Teatro de São Luís, recebeu
uma ovação ininterrupta de perto de 30 minutos, que constitui ainda hoje um
record nacional em qualquer tipo de espectáculo.

Para mim, e de uma geração posterior "há" outro grande declamador que não ficará atrás de João Vilaret. Trata-se do grande Mário Viegas, precocemente desaparecido..."morra o Dantas, morra!!...PIM"...lembram-se  JJ


Gentileza da amiga Julieta R.
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