15 de junho de 2009
Eu e as minhas recordações das CANETAS DE TINTA PERMANENTE.
Desde muito miúdo que tinha uma predilecção por canetas, o que nunca soube bem explicar por quê.
Talvez por muito miudinho, passar longos períodos ao lado de meu avô Jordão de volta da sua colecção de selos e vendo-o sempre a tomar notas e escrever com uma caneta linda, numas folhas próprias para catalogar os seus selos.
Sabendo desse “fetiche”, meu pai fez-me a suprema surpresa de quando com dez anos, me levava à escola para fazer o exame de admissão aos liceus (exame obrigatório para continuar os estudos pós Instrução Primária) e antes de entrar para a sala da prova, tirou do bolso um pequeno estojo e deu-me, dizendo:
- Vais ver que com esta tiras um vinte !!
Muito espantado, pois esperava tudo menos presentes naquela altura em que tremia todo por dentro e por fora...desembrulhei...e era uma Parker daquelas com o corpo ás riscas prateadas horizontas !!
Decerto que não tive o ”vinte” mas safei-me e lá fiquei credenciado para frequentar o Passos Manuel durante uns anitos, e nunca mais larguei a preciosa Parker verde riscadinha.
Foi nesse liceu que descobri o quanto amava os estudos, pois sempre com o receio que o curso terminasse depressa, eu repetia os anos todos !!!
Essa primeira caneta, que ainda guardei umas dezenas de anos, e que levou sumiço, que foi a mola real para durante toda a minha vida, só ter usado canetas de tinta permanente, com aparo grosso lixado e a escrever sempre a preto.
Anos mais tarde, desta vez a estudar na Veiga Beirão, tinha-mos a disciplina de desenho de letras, que eu adorava, e de que ainda hoje guardo todo o material que utilizei durante o curso, e que está numa das fotos.
Mantenho algumas “Tinta Permanente” com pequenas histórias, das quais aqui ficam os bonecos.
JJ fotos
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