ISU-152 1943
5º Exército Blindado da Guarda
2ª Frente da Biélorussia
Prussia Oriental, Janeiro 1945
47 ton - comp. 9,20
m - alt. 2,50 m - larg. 3,10 m - motor : V-2IS a diesel de 12 cilindros,
600 cv às 2000 rpm - depósito combustível 560 L (360 L suplementares em
reservatórios cilíndricos externos) - v.máx.: estrada 38 kmh, mato 20 kmh -
autonomia: estrada 220 k , mato 80 kmh - peça-obus ML-20SM de 152,4 mm +
metralhadora pesada DShK 12,7 mm - blindagem máxima: dianteira da torre 320 mm,
dianteira do casco 120 mm - 5 tripulantes.
metal 1:72-12 cm - base 8x17 cm - extras: Diorama,
acessórios, paisagem fundo, patines, base técnica
Saída de fábrica no fim de 1943, a potente peça-obus de
152,4 mm, autopropulsada ISU-152 de 47 toneladas, só pôde ser utilizado pelo
Exército Vermelho durante os dois últimos anos da Segunda Guerra Mundial, onde
a sua utilização contribuiu para expulsar os alemães do território soviético. O
engenho assumiu de facto uma parte ativa na perseguição das tropas alemãs e na
ofensiva ulterior contra o III reich alemão. Este ISU-152 pertencente ao 5º
Exército Blindado da Guarda, integrado na 2ª Frente da Bielorussia, foi
empenhado na Prússia Oriental em Janeiro de 1945.
O engenho está coberto com
uma camuflagem de Inverno composta por grandes blocos brancos, que mascaram
quase completamente o fundo original verde oliva. Grande parte destas camuflagens
de Inverno, eram feitas com tintas removíveis, que eram retiradas após os
longos nevões do Inverno Soviético. Certas zonas não foram camufladas de modo a
deixar à vista os códigos táticos pintados sobre stencil a amarelo, no caso
presente um número –175- e quatro barras horizontais dispostas em pares.
Situado no centro do carro, o compartimento de combate é totalmente protegido
por uma casamata de placas blindadas. Acolha a peça-obus, a guarnição (4 ou 5
homens) e as munições armazenadas em prateleiras laterais.
O ISU-152, um canhão de assalto soviético particularmente
potente, só foi utilizado em combate no fim da Segunda Guerra Mindial.
Desempenhou, porém, um papel considerável nos combates travados em território
alemão. Depois do lançamento da produção em série, os ISU-152 foram reunidos em
unidades autónomas – os Regimentos independentes de Artilharia Pesada
Autopropulsada integrados nos Corpos Blindados (equivalentes a corpos de
Exército). No fim da guerra, estas grandes unidades perfaziam 56, das quais 12
eram designadas por Corpos de Carros de Combate da Guarda, unidades de elite do
Exército Vermelho. No palco organizacional, cada corpo dispunha de 12 000
combatentes e, entre outros meios, de 207 carros de combate e de 63 peças de
assalto autopropulsadas de diferentes tipos (SU-76, SU-85 e SU-152/ISU-152). Em
Janeiro de 1944, estes regimentos de artilharia pesada autopropulsada eram
compostas por 12 veículos, mas a sua estrutura organizacional foi modificada um
ano mais tarde. Foram então equipados com 21 peças, distribuídas por quatro
baterias de cinco veículos, mais um veículo de comando. Ao todo um regimento contava com 374
combatentes. No fim da guerra, 53 regimentos deste tipo haviam sido criados.
Os
ISU-152 começaram a ser empenhados em número considerável em Junho de 1944,
aquando da Operação Bagration, na qual
participaram não menos de catorze regimentos de artilharia pesada
autopropulsada de diferentes Corpos Blindados. Três Corpos de Carros de Combate
da Guarda estavam integrados no 5º Exército, ao passo que mais dois, entregues
ao 49º Exército, participaram na operação do cerco de Minsk, capital da Bielorussia. Aquando desta
operação, os soviéticos destruíram o Grupo de Exércitos Centro e depois
lançaram uma ofensiva no setor de Lvov-Sandomierz,
mais a sul. No fim de 1944 as tropas soviéticas haviam alcançado as fronteiras
da Polónia. Durante os últimos meses de guerra, os ISU-152 demonstraram
amplamente a sua eficácia, como testemunharam os combates de 15 e 16 de Janeiro
de 1945 perto da cidade polaca de Borowe.
Durante esta operação, elementos da
2ª Frente Bielorussa – uma unidade equivalente a um grupo de exércitos – às
ordens do marechal Rokossovsky, tiveram
de fazer face ao contra-ataque feroz da divisão mecanizada Grossdeutschland http://youtu.be/VIVYadKsqEg
O assalto conduzido por esta divisão foi coroado de sucesso,
e as tropas soviéticas tiveram de recuar. No entanto o avanço dos 2º e 3º Batalhões
Mecanizados alemães foi bruscamente detido pelas salvas de foguetes múltiplos
soviéticos (Katiuska) bem como pelos
tiros dos ISU-152 do regimento de artilharia pesada autopropulsada do 39º Corpo
de Carros de Combate da Guarda.
Devido a atos de bravura em
combate contra as tropas alemães, oito regimentos foram distinguidos pelo
acréscimo, na sua designação, dos nomes das cidades que haviam libertado. Além
disso, três deles receberam, pelo seu comportamento heróico, uma das mais
prestigiadas distinções soviéticas, a Ordem
da Bandeira Vermelha, enquanto outros três
recebiam a Ordem da Estrela Vermelha.
A última intervenção
A última intervenção destes
regimentos de artilharia pesada autopropulsadas, durante da Segunda Guerra
Mundial desenrolou-se num contexto muito diferente, o da invasão da Manchúria
aquando da Guerra contra o Japão, em Agosto de 1945. Para esta operação os
ISU-152 tiveram de atravessar toda a União Soviética através do
caminho-de-ferro. Depois da Guerra, o último empenhamento em combate deste
veículo teve lugar em 1956, em Budapeste (Hungria) quando o exército soviético
interveio contra os insurretos húngaros. Os ISU-152 que participaram neste derradeiro episódio
pertenciam ao regimento de canhões de assalto da 33ª Divisão de Atiradores
Mecanizada da Guarda.
JJ fotos
Altaya
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