Pegando nesta máxima referida no post anterior, lembrei-me de repente de um caso verídico ocorrido aqui há uns anos atrás.
Um agricultor da zona saloia, nos arredores de Lisboa, estava com graves problemas financeiros na sua exploração agrícola.
Contudo, esperava tirar de um couval que possuía dinheiro suficiente para liquidar as dívidas em atraso.
Um negociante agrícola – um intermediário, como é vulgar dizer-se - que operava na zona foi ver o couval e ofereceu apenas vinte contos pelas couves.
O agricultor, aflito, respondeu que as couves valiam cinquenta contos, e que precisava com urgência de quarenta para liquidar as dívidas.
O negociante, inflexível, retorquiu que o negócio ia mal e que o máximo que podia oferecer era os vinte contos.
Perante a urgência no negócio, o agricultor pensou que vale mais um pássaro na mão do que dois a voar: com os vinte contos saldava metade da dívida e o resto logo se veria.
Passado dias, estava o tal negociante numa esplanada com um amigo tomando uma cerveja, quanto passou do outro lado da rua o agricultor que caminhava com ar sombrio.
Nisto diz o negociante para o amigo:
- Oh pá, estás a ver aquele sujeito de barrete no outro lado da rua?
- Sim estou! O que é que tem?
- Aquele é o palerma a quem comprei o couval por vinte contos!
- Aquele a quem compraste as couves por vinte contos e que depois vendeste no dia seguinte por sessenta contos?
- Esse mesmo! Que grande negócio! E olha que nem deu trabalho nenhum, pois quem mas comprou, as couves, é que ainda teve de as ir lá apanhar ao terreno.
Se alguém ainda tinha dúvidas, “tire o cavalinho da chuva” porque,Viver não custa, o que é preciso é saber viver!
Publicado por vmar
In A Verdade das Coisas
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