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Portugal deu "Novos Mundos ao Mundo"......Imagens para dar a conhecer um pouco daquilo que a nossa terra tem de melhor e mais bonito, da beleza das nossas mulheres Portuguesas, das Artes e de locais por onde sirandei, de trabalhos que eu executei, e de outros que admirei.

2 de novembro de 2012

Vaillante Gil Stock-Car

Vaillante Gil Stock-Car
Michel Vaillant, album “O Circo Infernal”
piloto : Michel Vaillant
 V8-4984 cc - 400 cv - v.máx. 310 kmh - 0-100: 5 seg. - peso 1175 kg
NASCAR - DAYTONA International Speedway
O Vaillante com motor Ford
O quê, um Vaillante com motor Ford? Sim, porque para participar nas corridas americanas de Stock-Car da década de 1960 era imperativo que um carro incluísse componentes americanos.
Seria desrespeitar o regulamento se os Vaillante fossem 100% “made in France”.
No final da década de 1960 as provas de Stock-Car dos Estados Unidos organizadas pela NASCAR (National Association for Stock Car Auto Racing) já tinham vinte anos e o regulamento técnico inicial de 1949 tinha evoluído bastante.

Originalmente tratava-se de automóveis de série (é a tradução literal de “stock car”) aos quais só podia ser reduzido o peso (eliminação de todos os elementos que não fossem indispensáveis) desde que mantivessem o seu aspeto exterior.
Hoje em dia estes automóveis são puras “silhuetas” que só conservam o aspeto exterior e nenhuma das suas peças pode ser trocada pelas do mesmo modelo vendido ao público.

Em 1967 o regulamento ainda não tinha chegado a estes extremos: tal como é claramente explicado nas primeiras páginas da banda desenhada, o carro de competição ainda derivava diretamente do de série, embora lhe fossem autorizadas grandes modificações.


Á moda americana
Nesse tempo o regulamento impunha a construção na América de pelo menos 1500 exemplares do carro de série e, quanto ao de competição do qual derivava, deviam ser construídos pelo menos 100 exemplares.
Na preparação da carroçaria de um carro Stock-Car são eliminadas as portas e montadas armações para reforçar a segurança, devido aos espetaculares acidentes, muito frequentes, em que por vezes os carros voam por cima dos outros.
Na verdade Jean Graton, o pai dos álbuns Michel Vaillant, começou por pensar num carro 100% Vaillante, mas ao ler o regulamento percebeu que não poderia participar nas corridas e por isso arranjou outra ideia.
Decidiu criar uma colaboração entre a Vaillante e a Ford.
Esta aliança imaginária tinha a sua lógica porque as fábricas francesas não eram especialistas nos grandes motores que equipam os automóveis de Stock-Car.

Foi assim que a Vaillante chegou a acordo com a gigante Ford para lhe fornecer os motores necessários, acompanhados por outras peças, sobretudo suspensões, tal como é revelado no album.


Assim, o Vaillante Gil obedece ao regulamento da NASCAR
Um chassis europeu Este motor, que deve ter sido acoplado a uma caixa de velocidades manual Borg-Warner, como era habitual na Ford, foi instalado num chassis Vaillante.
O carro é um grande coupé familiar que em versão de série devia pesar duas toneladas. No entanto, para a competição precisou de uma cura de emagrecimento drástica e de um chassis muito reforçado.
Nas primeiras páginas de “O Circo Infernal” vê-se a preparação do chassis da equipa: o monobloco de aço parece ser reforçado nas cavas das rodas, junto aos encaixes dos amortecedores, de maneira a que os esforços elevados durante as curvas a alta velocidade não danifiquem o metal.
Todas as peças que não são necessárias são suprimidas e dão lugar a reforços como os arcos de segurança.
Além disso, as portas são substituídas por armações de metal soldadas diretamente na carroçaria.
Depois esta armação é coberta com uma fina chapa, que pode ser de poliéster, de maneira a que o carro mantenha o aspeto original do de série tal como o regulamento impunha.


Depois de terminado o chassis ainda tem que ser verificado, sobretudo em termos de simetria.
É evidente que foi preparado para respeitar todos os pontos do regulamento, sobretudo aquele que diz respeito à distância entre eixos: 295 cm, o mínimo autorizado, como refere Jean-Pierre Vaillant.

Como se sabe, a batota não faz parte da filosofia da Vaillante e por isso os Gil foram cuidadosamente preparados em conformidade com o regulamento porque se sabe que os comissários técnicos da NASCAR não são meninos de coro e têm todos os poderes, inclusivamente o de mandarem desmontar um carro para o examinar peça a peça se tiverem quaisquer dúvidas.
Assim preparado e sem quaisquer elementos supérfluos pode-se pensar que o Gil passou de duas toneladas para menos de 1200 kg.
O resultado é um carro mais leve do que um Jaguar Type E e 70% mais potente: um bólide capaz de acelerações fulgurantes (5 segundos dos 0-100 kmh) longe dos pesadões carros americanos de base, lentos a acelerar, pois este atinge uma velocidade de ponta superior aos 300 kmh acompanhados por um incrível rugido do motor! Imaginem um conjunto de 50 destes bólides e percebem porque é que os americanos são apaixonados pelas corridas de Stock-Car.


JJ fotos
Altaya
Google

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