Bocar XP-5 1960 "Special 13"
Texas Driver’s Bocar
Michel Vaillant - album "O 13 na Partida"
V8-3992 cc - 350 cv - v.máx. 270 kmh - 0-100: n/a - peso 860 kg Metal, escala 1:43 - 9,5 cm - base 10x16 cm - extras: Faixas, base técnica.
No álbum “O 13 na partida” os “maus” conduzem um Bocar: um automóvel que existiu mesmo, embora se tenham produzido poucos exemplares.
Potente e eficaz, tinha argumentos para enfrentar os melhores automóveis europeus da época. Jean Graton criou os Vaillante mas nas suas aventuras costuma colocá-los face a automóveis reais, como no caso deste álbum.
Assim opõe os Vaillante Le Mans a um Bocar, um desses automóveis de competição verdadeiros, construídos nos EEUU por um autêntico fanático das corridas automóveis: Bob Carnes.
Porém o facto de este Bocar ser conduzido na ficção por um dos maus não deve levar-nos a supor que se trata de um carro para maus pilotos...apesar de ser um bólide realmente “malandro”.
Em 2003 Jean Graton submeteu-se pela primeira vez ao veredito da venda em leilão e confiou algumas das suas pranchas originais a uma leiloeira... Jean Graton é um conservador das suas obras originais. Antes da BD que se lê à noite é preciso um enorme esforço de imaginação e arte manual de desenho, para perceber que as aventuras de Michel Vaillant não existiram desde sempre, que um dia ganharam forma na cabeça e depois no lápis de um artista francês famoso chamado Jean Graton.
Cada página - ou prancha - e cada desenho saiu de uma folha em branco, antes de mais sob a forma de um esboço e só depois de um desenho acabado, à pena para textos e as filacteras (o nome dado aos balões onde se escrevem os diálogos) e a pincel para desenhos propriamente ditos.
A seguir, cada prancha seguida sobre uma segunda prancha e as duas reunidas podem finalmente ser produzidas em grande número.
Depois disso o desenho original já desempenhou o seu papel, pelo que pode ser guardado, oferecido, vendido, destruído...isso fica ao critério de cada desenhador. Jean Graton guarda-os todos.
Classifica-os tão bem que em 50 anos de atividade conservou-os quase todos, è exceção das perdas inevitáveis por qualquer motivo.
Os anos passaram e o estatuto da BD mudou. Tal como o cinema na sua época, a banda desenhada, considerada na década de 1950 um divertimento simpático para crianças, impôs-se como “a nona arte” e tornou-se, no mínimo, um artesanato artístico que ninguém se atreve a tomar por simples diversão!
No final de 2008 voltaram a ser vendidas num leilão em Paris cerca de vinte pranchas, sendo a maior parte no formato 50x35 cm com desenhos a tinta-da-china feitos pela mão de Jean Graton. Algumas foram acompanhadas pela prancha a cores.
As estimativas do leilão rondavam os 1000 a 3000 euros por prancha.
No dia D foram vendidas à média de 2950 euros (1800 para a mais barata e 5500 euros para a mais cara) ou seja, acima da fasquia.
É verdade que ainda estamos longe de uma prancha de Tintin de Hergé, que foi vendida por 150.000 euros, mas tintin é um caso à parte!
JJ fotos
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