Michel Vaillant, album “5 Filles dans La Course!”
Pilotos: Michel Vaillant e Françoise Latour
4 cil.- 1799 cc - 160 cv - v.máx. 200 kmh - 0-100: n/a - peso 800 kg.
Vaillante Commando, um todo-o-terreno muito elegante.
Para participar no Rallye TAP Portugal - e ganhá-lo - era preciso um Vaillante particularmente robusto.
Como o nome sugere, o Commando é desta estirpe e, além disso, incrivelmente bonito! Este Commado é um automóvel magnífico! Aliás, é um dos preferidos do pai de todos os Vaillante, Jean-Pierre Vaillant? Não, nem pensar; Jean Graton, o autor das aventuras de Michel Vaillant, como é evidente, que acrescenta estar satisfeito com o seu equilíbrio geral.
Seja como for, trata-se de um coupé sumptuoso que combina harmoniosamente agressividade - as grelhas de refrigeração dos travões traseiros com guarda-lamas que acompanham os pneus – e vuluptiosidade, com umas enormes superfícies vidradas e uma bateria de seis faróis sob uma proteção transparente.
Quem são os heróis desta aventura equilibrada: as cinco raparigas, a paisagem soberba do Rallye de Portugal, os Vaillante ou os outros bólides da prova? Então, Michel Vaillant e Steve Warson serão personagens secundárias?! Aparecem cinco raparigas.
Como sempre muito bem documentado graças a reconhecimentos no local com a ajuda do seu amigo, o jornalista Yves Duval (que conta as suas memórias associadas a este álbum no seu livro “55 ans dans les bulles”, da editora HIBOU) a história deste álbum passa-se toda em Portugal por ocasião do rali com o mesmo nome.
Aliás as primeiras páginas mostram-nos a Lisboa da época mas rapidamente ficamos a conhecer os participantes do rali que vão dar origem à história: Michel Vaillant e Steve Warson, Jacky Ickx, mas sobretudo as cinco raparigas que dão o título ao álbum na edição francesa.
Trata-se da portuguesa Candida Maria de Jesus, co-piloto de Steve, da navegadora de Michel, Françoise Latour, já conhecida dos leitores, Brigitte Lecharme, co-piloto de Jacky, e Nicole Sol, co-piloto de Gilbert Staepelaere.
Estes dois últimos eram verdadeiros pilotos na época. E a quinta? Iremos descobri-la mais tarde. Rallye de Portugal, uma prova mítica.
O cenário da aventura deste álbum, é o Rallye de Portugal, uma das maiores provas da passagem da década de 1960 para a de 1970, antes mesmo da criação do Campeonato do Mundo.
O início dos “Gloriosos Trinta” - os trinta anos de prosperidade económica de 1945 a 1975 - foi o fator que desencadeou a ascensão do automóvel entre as populações dos países ocidentais mais desenvolvidos. Nessa altura, os ralis multiplicaram-se.
O de Monte-Carlo já estava mais do que consagrado e o seu exemplo foi seguido em 1974 pelo Rallye Internacional de Lisboa, pelo Rallye das Túlipas na Holanda dois anos mais tarde, pelo Rallye do Sol da Meia-Noite na Suécia e pelo dos Mil Lagos na Finlândia em 1951 e depois pelo Rallye da Acrópole na Grécia em 1956.
A Federação Internacional do Automóvel (FIA) criou então o campeonato europeu de ralis que incluía as provas já citadas e ainda os ralis da Alemanha, de Destriere em Itália e o dos Vikings na Noruega.
Vê-se que desde o início o Rallye de Lisboa que daria origem ao Rallye de Portugal e posteriormente ao Rallye TAP, fez parte das provas mais importantes daqueles dourados anos do automobilismo.
JJ fotos
Altaya
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